Trinta e Cinco Anos Atrás – Meu Ano de 1963

Faz 35 anos, este ano (1998), que terminei meu Curso Clássico no JMC. Meia vida de alguns, mais do que isso de muitos.

O terceiro ano do Curso Clássico era a “glória” para o aluno do JMC. Ele finalmente era formando, pré-seminarista. Tinha o privilégio de morar no QG, em quarto individual, num prédio onde o banheiro possuía chuveiro com água quente. Isso era mordomia pura naquelas bandas. A gente olhava os outros com ar superior e usava o fato de ser formando para impressionar as calouras. Como ultimoanistas podíamos também dirigir o culto na Casa das Moças, à noite, o que fiz algumas vezes. Esse, então, era um privilégio e tanto.

Academicamente, meu ano de 1963 foi relativamente tranqüilo. Tive meu primeiro curso de Filosofia (ênfase em Lógica), com o Rev. João Euclydes Pereira, o Zoca. Foi o curso de que mais gostei em toda a minha estada no JMC – tanto que, quando deixei a Teologia, foi para a Filosofia que me voltei. Comparado com o curso de História que o Rev. João Euclydes dava (que eu achava relativamente chato e monótono), o curso de Lógica, com os silogismos, os quebra-cabeças lógicos, e os processos mnemônicos para que nos lembrássemos de quais formas silogísticas eram válidas, era, para mim, excitação intelectual da melhor espécie.

Deslanchei bem no Inglês, em grande parte por ter namorado, durante boa parte do ano, Natalie Landes Browne, neta do rev. Felipe (Philippe) Landes, que, embora nascida na China, era filha de americanos e, portanto, falava Inglês como nativa. Por incentivo da Natalie e do Deoclécio Silveira do Amaral (o melhor falador de Inglês sem ascendência americana que havia na escola), passei a freqüentar as sessões do English Club, que se reunia todas as quartas-feiras, sob o comando de Da. Jean Pemberton. Ainda por incentivo da Natalie, comecei a ter aulas particulares de Inglês com Da. Margarida (Margareth, presumo) Landes, avó dela, esposa do rev. Landes. Dona Margarida me fazia ler artigos e artigos da Selections of the Readers’ Digest. Meu conhecimento de gramática melhorou muito nessas aulas. Bilhetes com a Natalie trocava-os diariamente, e ela, nas respostas aos meus, tinha a paciência de corrigir meus erros de Inglês. O namoro foi feliz, tranqüilo, sem sobressaltos. Terminou de forma infelizmente deselegante, por culpa minha. Sempre fui razoavelmente hábil para começar relacionamentos afetivos (modéstia à parte), mas extremamente inábil para encerrá-los, verdade seja dita. Fiz uma série de papelões em minha vida, nessa área.

Em termos de viagens individuais, comecei o ano na Igreja de Passos, MG, da qual era membro meu colega João Batista de Oliveira. Passei as férias de Dezembro de 1962 lá. No dia 31 de dezembro de 1962 dirigi o Culto de Vigília em São João Batista do Glória, cidade próxima de Passos, e que era então conhecida como a “capital nacional do barbeiro” (o inseto causador da doença de Chagas). No dia 1 de Janeiro de 1963 voltei para Passos e fui ao cinema à tarde e à noite, com a Elda, menina loira, de excelente família passense, que acabou se casando com um colega meu do Seminário (de cujo nome infelizmente não consigo me lembrar, por mais que me esforce). À tarde assistimos “Tarzan e a Mulher do Diabo”, e à noite “Circo dos Horrores” (eu registrava essas coisas na minha agenda). No dia 2 de janeiro preguei meu sermão de despedida lá. Nunca mais vi a Elda, com quem me correspondi por uns tempos – até que, mais para o meio do ano, comecei a namorar a Natalie.

No sábado, dia 5 de janeiro, parti para Pirapozinho, SP, cidade perto de Presidente Prudente, onde iria trabalhar durante o mês de Janeiro, na Igreja Presbiteriana Independente. O ônibus saiu de São Paulo às 7:30 e chegou a Presidente Prudente às 18:15 – quase onze horas de viagem. Peguei imediatamente um ônibus para Pirapozinho, onde cheguei às 19:30, para ficar hospedado numa Casa Pastoral vazia. Depois de uns dias o Jonas Christensen, amigo e ex-“velha” (moramos juntos em 1962) chegou para me ajudar com o trabalho com o coral e com o canto congregacional. Lá, surpreendentemente, não me interessei por ninguém, em particular.

Enquanto estava em Pirapozinho viajei por Tarabay, Narandiba, Coronel Goulart, Mirante do Paranapanema, Dumontina, Regente Feijó, Presidente Wenceslau, Presidente Epitácio e Presidente Prudente. Preguei em todas essas cidades e fiz dezenas de visitas. No final do mês voltei para São Paulo de trem (trem leito, o famoso Expresso Ouro Verde, que tantas vezes, quando criança, havia tomado para vir do Paraná para São Paulo: a gente o tomava, em baldeação, em Ourinhos).

No início de Fevereiro fui para o Acampamento “Palavra da Vida”, onde trabalhei durante uma semana, como freqüentemente o fazia nas férias. Não me lembro exatamente qual era minha função lá. Depois disso passei uns dias em Campinas e, durante o Carnaval, fui a um retiro espiritual em Americana.

As aulas começaram apenas no dia 5 de março, terça-feira. Não havia aulas no JMC às segundas-feiras. Os pré-seminaristas, por trabalharem demais no fim de semana, tinham, como muitos barbeiros ainda hoje têm, a segunda-feira de folga…

Logo no início do ano fui eleito presidente do Grêmio Miguel Torres, o grêmio “sério”, de cunho mais religioso e menos cultural e artístico. Acho que a Renée Myriam de Camargo (irmã da Reacy e, portanto, minha ex-quase-futura cunhada), a Alzira Val e o Robert (“Bob”) Lodwick também eram da Diretoria. Este foi meu primeiro cargo eletivo – e um dos poucos que exerci ao longo de minha vida. Depois dele, se bem me lembro, só fui eleito Secretário do Centro Acadêmico “Oito de Setembro” (CAOS), do Seminário Presbiteriano de Campinas, em 1966, e (de certa forma) Diretor da Faculdade de Educação da UNICAMP, em 1980.

Começando em Março, e durante o ano inteiro (exceto nas férias), trabalhei, aos domingos, na Congregação Presbiteriana de Utinga, que pertencia à Igreja Presbiteriana de Santo André, da qual era membro. Os líderes lá eram o Benedito dos Santos e o João Rodrigues, em cuja casa a Congregação se reunia. Lá, pelas mãos do Benedito, pela primeira vez dirigi um automóvel, sem nenhum preparo anterior – só não dando uma batida no barranco com o Fordeco dele porque ele foi rápido para tomar o volante. Boa gente aquela.

No dia 19 de março comecei a usar lentes de contato. Fiquei todo vaidoso com elas, pois me permitiram abandonar os incômodos óculos de lentes escuras que precisava usar, que me valeram o desagradável apelido de “Cegão” (que convivia com o apelido de “Juca”, com o qual o Eliseu até hoje me honra, em homenagem ao Juca Chaves). Usei lentes de contato até 1970, quando as troquei por óculos de lentes acrílicas, nos Estados Unidos, que podiam receber um colorido bem mais suave do que as pesadas lentes de vidro que usei até Março de 1963.

No mês de abril, de 19 a 21, fizemos (os homens do terceiro clássico) uma viagem à Praia Grande. Fomos todos na perua do JMC, dirigida pelo rev. Olson Pemberton, e ficamos hospedados na chamada Casa da Missão. A Praia Grande, naquela época, era deserta na região em que se situava a casa, que ficava tão perto da água que, durante a maré cheia, os muros eram banhados pelas ondas. Lá, nós mesmos cozinhamos – era macarrão todos os dias. Creio que nunca me diverti tanto numa praia, jogando futebol e pulando ondas, o que fazia pela primeira vez. Lembro-me de como o Octávio Stradioto, pequenino e franzino, era arrastado pelas ondas e literalmente jogado na praia… Ficamos lá três dias (duas noites). O problema era dormir à noite. Tinhamos sacos de dormir, colchonetes, etc., mas poucos travesseiros. Uma noite eu tentava dormia num saco de dormir, sem travesseiro, e, ao meu lado, o Gordurinha (Assir Pereira) roncava, dormindo, de costas, o sono do justo. Com muito cuidado, levantei levemente a cabeça dele, tirei o travesseiro, e baixei a cabeça dele, bem de leve. Ele não acordou. Com o travesseiro, finalmente consegui dormir até que o travesseiro foi violentamente puxado de debaixo de minha cabeça. A sensação foi de que a minha cabeça subiu uns dez centímetros antes de cair e bater no chão… Um dia fomos a Santos, visitar o aquário. O Gordurinha, mais uma vez, deu o show. Ele gostava de virar umas piruetas (que ele chamava de “piruletas”), e alguém o desafiou a fazê-lo no meio da avenida na Praia do Gonzaga. Não é que ele fez? Foi para o meio da rua, parou o trânsito (então pequeno), e deu sua pirueta – gritando “Zeferina…” (não sei porque ele gritava isso – talvez ele possa elucidar).

Em Junho, creio, comecei a namorar a Natalie. Lembro-me da época porque no dia 7 de junho, dia do aniversário dela, já registrei o fato em minha agenda, algo que não teria feito se a gente não estivesse já namorando. O início do namoro talvez tenha sido um pouco antes, não sei por certo. Na minha cabeça fica o mês de junho porque foi nesse mês que parei de escrever para a Elda, de Passos… (Eu tive muitas namoradas, mas sempre procurei terminar um namoro antes de começar o outro – ou quase). Nunca fui bom mentiroso – e, por isso, nunca consegui namorar duas ao mesmo tempo. Gostar de duas ao mesmo tempo, mas de formas diferentes, já me ocorreu mais de uma vez, mas namorar é algo prático, que envolve aspectos logísticos que nunca consegui gerenciar suficientemente bem para manter dois namoros simultâneos. Havia colegas no JMC, entretanto, que eram mestres nisso: o Mário Fava que o diga, que andou dando em cima da Margareth, irmã da Natalie, pelo que consta até com certo sucesso, até que ela descobriu umas certas cartas que ele recebia do interior…

Com um grupo de formandos do I e do II Ciclos viajei para São João da Boa Vista, nos dias 22-24 de Junho. Numa festinha da mocidade, na noite do sábado, dia 22, depois do jogo de futebol de salão da tarde, lembro-me de ter cantado uma modinha caipira que foi popularizada por Cascatinha e Inhana, que tinha uma letra mais ou menos assim assim (faltam uns pedacinhos, por mais que tenha vasculhado a memória): “Eu vim de longe, tão cansado, pra te vê, eu vim cantando para as máguas desfazer. Da minha choça despedi no amanhecer, e ‘tou chegando vendo a lua aparecer. Mas foi prazer pra mim todo esse padecer: ‘tava pensando nos olhinhos de você! Ai, que beleza, que beleza de morena, delicada e perfurmada como a flor! Tinha a boca tão pequena, bem pequena, toda feita de beijinhos para o amor! Você se lembra, foi na noite de São João, nós dois juntinhos “se assentemo” num moirão. Você pegou devagarinho a minha mão — quanta saudade me ficou no coração! Ai, quanta saudade me ficou no coração daquele amor feito de sonho e de ilusão! Na despedida você disse no portão: Faz uma casa pra nós dois lá no sertão. Ai, que beleza, que beleza de morena, delicada e perfurmada como a flor! Tinha a boca tão pequena, bem pequena, toda feita de beijinhos para o amor!” Também declamei, na festinha, a poesia “Gesto Heróico”, de Mário Barreto França, que sei de cor até hoje, apesar dos quase dez minutos que levo para declamá-la inteira.

Em São João da Boa Vista fiquei hospedado na casa do dono da empresa de ônibus que fazia o trajeto São João da Boa Vista-São Paulo, que era da igreja. Isso não só nos ajudou quando da viagem ao Sul (vide adiante), mas também me valeu um passe entre São João da Boa Vista e São Paulo durante toda a minha estada no Seminário de Campinas. Em gratidão, voltei várias vezes à igreja de São João da Boa Vista durante meus anos de Seminário.

No mês de Julho de 1963 trabalhei na Igreja Presbiteriana Independente de Iepê, SP. De lá visitei as igrejas de Rancharia, Assis e Centenário, no Paraná. Em Iepê conheci a Selma, que, na ocasião, namorava um colega meu (acho que o Flávio “Cebolinha”). Em trabalhos subseqüentes em Iepê, mais de dois anos depois, quando já estava no Seminário, comecei a namorar a Selma. O namoro durou quase um ano. A Selma é a única ex-namorada significativa da minha juventude com quem não consegui restabelecer alguma forma de contato, agora, nos “anos maduros”. Consta que ela trabalhou com a APEOESP, lá na regional de Rancharia, Assis ou Presidente Prudente, não sei.

Voltei mais uma vez em 1963 à Casa da Missão na Praia Grande, no segundo semestre, mas agora num piquenique da Igreja da Bela Vista, freqüentada pela família da Natalie (que morava na Casa da Missão em São Paulo, na Alameda Campinas). A Margareth, irmã mais velha da Natalie, que hoje atende pelo nome de Greta, e a Libby, irmã mais nova, que hoje atende por Bete, também estavam lá. Não me lembro se o Paul, o mais novo dos dois irmãos dela (o outro era o George), também estava lá.

No final do ano, antes da formatura, os formandos dos dois ciclos fizeram uma viagem ao Sul. Se bem me lembro a viagem durou uns vinte e cinco dias, durante o mês de Novembro, e foi razoavelmente bem planejada. O ônibus era da Viação São João da Boa Vista – São Paulo, cujo dono, já mencionado, nos fez um bom preço. Como disse, eu havia ficado hospedado na casa dele em Junho. Ficamos com um ônibus moderno por nossa conta durante quase um mês, dirigido por um simpático motorista, também chamado Eduardo. Juntamos dinheiro durante o ano inteiro para a viagem. Mesmo assim o dinheiro deu apenas para o ônibus e para algumas refeições. Por isso, antes da viagem escrevemos às igrejas de Curitiba, Joinville, Florianópolis, Porto Alegre, e Lages, propondo que, em troca de hospedagem, fizéssemos um culto para jovens na igreja, em que cantaríamos, organizaríamos as tradicionais brincadeiras de salão depois do culto, etc. Na maior parte dos casos, deu tudo certo. Em algumas cidades, porém, não conseguimos acertar nada. Porque passamos um dia na praia de Camboriú, então totalmente deserta, precisamos dormir em Tubarão, as moças num hotel e nós rapazes dentro do ônibus, porque o dinheiro não dava para pagar hotel para todos!

Em Florianópolis, lembro-me como se fosse hoje, estávamos na praia, no fim da tarde de 22 de Novembro, quando alguém, com um rádio de pilha, ouviu a notícia de que John Kennedy havia sido assassinado. Ficamos todos chocados. Por que é que quase todo mundo adulto naquela época lembra-se com precisão de onde estava quando Jack Kennedy morreu?

Na viagem, tínhamos um octeto, do qual eu era regente. Nele cantavam a Sueli, a Renée, a Nivalda, acho que o Carmelino, o Paulo, o Octávio, não me lembro quem mais. Cantávamos em todas as igrejas. Em Porto Alegre cantamos na rádio, e, justo neste dia, demos vexame. Começamos desafinados e tivemos que recomeçar. Até hoje, quando me lembro, fico com raiva.

Na volta, em Lages, igreja do Octávio, fomos extremamente bem recebidos. Não me esqueço dos cafés da manhã exageradamente fartos, parecendo os Cafés Coloniais que hoje são atrações turísticas em Gramado.

Foi durante essa viagem que comecei a namorar a Sueli, hoje Secretária de nossa Associação. Tivemos um namoro relativamente longo (para os meus parâmetros) e razoavelmente sério, em termos de convivência com a família, viagens a Santos (sempre com a família), etc. O namoro só terminou quando eu estava no segundo ano do Seminário em Campinas. Reencontrar a Sueli, depois de cerca de trinta anos, numa reunião da Associação no Mackenzie / Tamboré, foi uma das grandes satisfações que tive na vida.

No final de Novembro houve a formatura (sobre a qual falarei mais, adiante).

Em Dezembro, já depois de terminadas as aulas, vários dos agora formados fomos, em ônibus de carreira (“Expresso Real”), até Brasília. Agora já namorava oficialmente a Sueli. Em Brasília cantamos na Igreja Presbiteriana Nacional, assistimos a um concerto de Paulo Fortes no Hotel Nacional, fui entrevistado (na qualidade de regente do octeto) pela Rádio Ministério da Educação, e, naturalmente, ficamos conhecendo a recém-inaugurada capital do país. Paulo Fortes era (é ainda?) crente. Fiquei impressionado com a ressonante voz do locutor da Rádio MEC. Minha voz pareceu tão inadequada perto da dele! Ainda guardo um envelope da “Igreja Presbiteriana Nacional”, de Brasília, com o endereço: Avenida W-3, Quadra 10, Lote 2, Caixa Postal 686, Brasília, DF. Ainda não havia CEP naquela época. Brasília não tinha nem dois anos.

Voltemos, agora, à festa de formatura e assuntos relacionados. Meu Certificado de Conclusão dizia:

Instituto “José Manuel da Conceição” — Seminário Menor
Estabelecimento de Grau Médio a serviço das Igrejas Evangélicas do Brasil
Jandira, Estado de São Paulo

Certificado de Conclusão do II Grau

Certificamos que Eduardo Oscar de Campos Chaves, filho de Oscar Chaves e de Edith de Campos Chaves, natural de Lucélia, Estado de São Paulo, nascido em 7 de Setembro de 1943, tendo em vista os resultados das provas prestadas no ano letivo de 1963 no terceiro ano do II Grau, é considerado habilitado no Segundo Ciclo Secundário, nos termos do Decreto-lei nº 34.330, de 21 de outubro de 1953.

Jandira, 30 de novembro de 1963

Rubem Alberto de Souza, Diretor
João Euclydes de Souza, Autoridade Eclesiástica

Parece que em premonição dos problemas que estavam por vir, requeri três cópias do Certificado de Conclusão e do Histórico Escolas. Ainda as tenho todas.

O nosso convite de formatura dizia:

Convite de Formatura de 1963

Instituto JMC, São Paulo – 1960 – Formandos

Homenagens:

Diretor
Rev. Ruben Alberto de Souza

Vice-Diretor
Rev. Joaquim Machado

Profa. Maria Block Cruz

Homenagem dos formandos da 4ª série de 1963

A Congregação e os Formandos do Instituto “José Manuel da Conceição” têm a subida honra de convidar V. Excia. e Exma. Família para assistirem às solenidades de formatura das turmas de 1963 a se realizarem no dia 30 de novembro às 20 horas, no Auditório Dr. Waddell, situado em Jandira, E.F.S. – São Paulo, e para o Culto de Ação de Graças a se realizar no dia 30 às 15 horas.

A Comissão

Paraninfo
Dr. Camilo Ashcar

Orador Sacro
Rev. Adauto Araújo Dourado.

Orador
Eduardo Oscar Chaves

Formandos do II Ciclo

Airton Neves Ormond
Assir Pereira
Celso Martins
Cilas Gonçalves
Deoclécio Silveira do Amaral
Eduardo Oscar de Campos Chaves
Hamilton Felix de Souza
Hélio de Castro e Souza
Ireno Dias Ribeiro
Maria Helena Pires
Natanael Florenço do Amaral
Octávio Stradioto
Otoniel Marinho de Oliveira
Robert Nicholas Lodwick

Formandos do I Ciclo

Benedito Barbosa de Souza
Carmelino Souza e Silva
Eunice Rodrigues de Sá
Getúlio Rosa da Guia
Hilze Schneider
Irma Chaves Eguez
Isauro Batista Carriel
João Rhonaldo de Andrade
Judith Augusta dos Santos
Lindolfo Teixeira
Maria Altina Felix da Silva
Mário de Oliveira Mello
Nivalda Barbosa Franco
Paulo Cosiuc
Renée Myriam de Camargo
Ronan Pereira da Silva
Rubens Faria
Sueli Barbosa Cavalcanti
Vera Lúcia Felício Papa
Vera Lúcia Monteiro Saldanha

Agradecimentos:

A Deus
Aos nossos Pais
Às nossas Igrejas
Aos nossos Presbitérios
Às Missões Nacionais e Estrangeiras
E aos nossos queridos Professores

Fui orador da turma. Meu discurso de formatura, longo, está disponível no site do JMC na Internet (www.jmc.org.br).

No festa de formatura vi pela última vez a Reacy, meu primeiro amor e minha primeira paixão, no JMC, no ano de 1961, meu primeiro ano lá. Mas essa é outra história…

E com isso, chego ao final de 1963, meu último ano no JMC, trinta e cinco anos atrás. “It was a very good year”, como diz a canção do Sinatra. Sinto saudades daquele tempo, das coisas sentia naquela época. Sinto inveja do eu que eu era em 1963, com a vida inteira pela frente. No plano político, foi um ano difícil para o Brasil – o ano em que João Goulart teve a sua chance. No JMC eu não tinha grande consciência política. Conseguia ser feliz sem me preocupar muito com o que estava acontecendo fora do meu mundinho. Pensar que estive em Brasília exatamente quatro meses e meio antes do Golpe de 31 de Março. Naquela época não tinha idéia do que estava por vir. As únicas coisas que me ficam na memória daquela viagem são Paulo Fortes, no Hotel Nacional, a entrevista com a Rádio do MEC, a nova Igreja Presbiteriana Nacional, a viagem de ônibus… O ano de 1963 foi, para mim, o último ano de minha Idade da Inocência.

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Transcrito aqui em 7 de Março de 2010

5 thoughts on “Trinta e Cinco Anos Atrás – Meu Ano de 1963

  1. Praça Rui Barbosa, n. º 41 – Rosário.- Trens de carga passam pela cidade diariamente em direção ao sul de Minas Gerais.- Espaço onde se encontra o Departamento de Cultura e Turismo, Escola Municipal de Iniciação Musical, Fundação Oliveira Neto (responsável pela restauração e reforma do Teatro Municipal), Arquivo Municipal, Academia de Letras, o Espaço Cultural Fernando Arrigucci – com exposições variadas durante o ano todo e o Banco do Povo.Estado de Conservação: Precisa ser restaurado e reformado.

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